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Deficiência Mental

Na sociedade em que vivemos atualmente, sabemos que o preconceito e a discriminação que as pessoas com deficiência sofrem é fruto de um longo processo histórico, pois essas pessoas não tinham nenhum amparo tanto da sociedade e da área da saúde, quanto da educação e eram postas à margem da sociedade e propositalmente abandonadas.
De acordo com Fonseca (1995), o preconceito é uma problemática existente na sociedade, desde muito tempo a pessoa deficiente é descriminada e sendo assim, a sociedade acaba por afastar ou excluir essa pessoa que é “diferente” das outras apenas por possuir uma deficiência.
Por meio de muitos programas de inclusão e de tratamento, é possível contar com a ajuda da sociedade e do governo para diminuir a exclusão dos deficientes. Mazzotta (2003), diz que somente no início dos anos cinqüenta do século XX, é que houve mudanças na política educacional brasileira.
Duas das principais instituições que tratam de crianças com deficiência são a AACD e a APAE de São Paulo, que dão assistência aos portadores de deficiência fazendo-as sentirem-se parte integrante da sociedade.
A AACD, fundada no dia 14 de Setembro de 1950, tem unidades com classes especializadas para o atendimento a pessoas deficientes físicas para auxiliá-las no seu desenvolvimento, pois ainda estão em idade escolar. Já a APAE, é destinada para o atendimento a adolescentes excepcionais deficientes mentais treináveis para adquirir hábitos, experiências e poder realizar atividades que são indispensáveis para seu desenvolvimento.
Segundo Mrech (2004 apud Voivodic 1999), no ano de 1948 iniciaram-se alguns movimentos pela luta dos Direitos Humanos que foram retomados em movimentos sociais na década de 1960.
Por conta dessa luta, surgiu no país da França, a Pedagogia Institucional ou Pedagogia Revolucionária, trazendo uma nova visão sobre a Educação. Sobre isso salienta Voivodic (2004) dizendo que “a Pedagogia Institucional foi a primeira a perceber a importância do contexto educacional do aluno, revelando que, dependendo da forma como é visto o trabalho na escola, pode desenvolver-se ou não”.
É necessário que se tenha muita determinação principalmente, por parte dos profissionais que estão ligados á essas pessoas e que a instituição escolar ou da saúde, tenha dedicação e confiança no progresso dessa criança e acredite em seu desenvolvimento.
Dessa forma, o profissional que vai buscando mais recursos para auxiliar essa pessoa em seu desenvolvimento transformando-a em um cidadão independente e ciente de todos seus atos. Assim, terá um retorno satisfatório de seu trabalho que foi realizado com tanto empenho.
Ainda no ano de 1960, o principal objetivo das Instituições de Educação era integrar a pessoa com deficiência á sociedade em todas as suas instâncias. Assim, o aluno era inserido em classes especiais de acordo com sua idade mental dessa forma, Voivodic (2004) diz que a palavra inclusão traz um de seus muitos significados. Pois um de seus significados é o de garantir a participação de todos independente de suas incapacidades na sala de aula e dessa forma, acaba exterminando os serviços de apoio para o ensino especial. Serviço esse que é muito importante para o deficiente.
O sistema educacional também deve se preocupar em incluir-se nessas necessidades que o aluno possui, pois a escola será o início da vida em sociedade para as crianças que são deficientes.
Voivodic (2004) nos mostra que a partir das décadas de 1960 e 1970, foi que surgiram programas voltados para a integração escolar da pessoa com deficiência mental.
Fonseca (1995) ensina que é muito importante não privar o deficiente de experiências reais em nenhuma circunstância, pois todas as experiências são úteis para o seu aprendizado e seu ajustamento social.
Concordamos com Voivodic (2004) quando ela diz que o ensino especial é muito importante para o deficiente, pois não se deve incluir todas as crianças em sala de aula regular sendo que esta que possui uma deficiência não tenha acesso a nenhum outro tipo de atendimento.

3.1 Conceituando a deficiência

A Síndrome de Down é uma das deficiências mentais onde as diferenças físicas e as habilidades cognitivas são mais notáveis por conta das alterações genéticas que ocorre no momento da concepção por esse motivo, o seu desenvolvimento em comparação ás crianças que não tem deficiência é mais lento.
Portanto, o profissional que trabalha com essa criança tem que ter em mente que sua formação é essencial para a sua aprendizagem.
De acordo com Fonseca (1995), a pessoa Deficiente Mental, é aquela que não apresenta as mesmas características existentes na maioria das outras que são tidas como normais. Esta diferença é percebida desde sua formação física até em seu momento de interação com outras pessoas, apresentando assim, um comportamento diferenciado, pois não vêem e ouvem igualmente bem.
Para José e Coelho (2008), desde a infância pode-se perceber na criança o seu desenvolvimento tardio, pois não anda e não fala no tempo que é determinado para as outras crianças que são chamadas de normais. Por conseqüência á isso, a sua aprendizagem é mais lenta.
De acordo com Filho (2001), a criança afetada pela Síndrome de Down tem seu desenvolvimento lento. Por isso o estímulo paciente e carinhoso é essencial para o seu desenvolvimento motor.
Já Fonseca (1995), diz que assim como a paralisia cerebral apresenta um fator problema de envolvimento neuro-motor, a Deficiência Mental também apresenta a sua inferioridade intelectual generalizada. Ele explica que nem sempre a criança que tem dificuldades de aprendizagem, significa que ela seja deficiente mental. Pois esses dois termos são confundidos com freqüência por profissionais para aqueles que têm dificuldades em acompanhar o segmento das normas disciplinares ou até mesmo por motivos que estão ligados ás práticas escolares.
Ferreira e Guimarães (2008) afirmam que o indivíduo deficiente é aquele que é incapacitado de realizar atividades essenciais para a vida.
Por isso, que esse indivíduo deve ser muito estimulado para o desenvolvimento de suas habilidades interpessoais e que seja independente a ponto de pedir instruções e solicitar ajuda.
Portanto, todas as atividades que são desenvolvidas para esse aluno deve ter o objetivo de desenvolvê-lo para que ele seja capaz de enfrentar situações problemas e ter bons resultados ou não.
José e Coelho (2008), explicam que a deficiência mental pode ser diagnosticada através de três tipos de exames:
O pré-natal, que é um acompanhamento médico durante a gestação;
Os perinatais, que são precauções necessárias no momento do parto; e os pós-natais que é um acompanhamento que a criança recebe durante a vida.
Assim, a deficiência mental é explicada por Fonseca, Ferreira e Guimarães e José e Coelho e Filho, como um lento processo de desenvolvimento fisiológico, psicológico e anatômico.
Segundo Guimarães (et. al 2008), aprender é uma criação criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independente de sua condição intelectual ser mais ou menos privilegiada. E o professor deve estar atento com o modo de como este sujeito reage diante a este processo de ensino e aprendizagem.


3.2 Causas fatores da deficiência


De acordo com Fonseca (1995), uma das principais causas da Deficiência Mental está associada á gestação e ligada a acidentes neonatais e perinatais que ocorrem com mais freqüência em classes pobres. Geralmente dentro dessa classe social, principalmente a nutrição da gestante e do bebê é muito falha, pois tanto a gestante quanto o bebê não recebem uma quantidade necessária de nutrientes para o seu organismo. Esses nutrientes são fundamentais para o desenvolvimento do bebê e podem ser encontrados em proteínas, carboidratos, gorduras, o cálcio, o ferro, a vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina O, vitamina B1, vitamina B12 e fibras.
Segundo José e Coelho (2008), a deficiência mental também ocorre pelo casamento consangüíneo, ou seja, pelo casamento de primos de primeiro grau ou irmão, pelo contato com pessoas portadoras de doenças infecciosas (como sarampo, rubéola, e outros), consumo de bebidas alcoólicas e o fumo que colocam em risco a saúde do bebê.
Outro importante fator da deficiência que é destacado por Fonseca (1995), é a falta de estímulos que essa criança recebe ao longo da vida e de suas condições de higiene, sócio-econômicas e sócio-cultural. Pois são questões muito importantes para o desenvolvimento da criança.
Uma criança bem alimentada, limpa e estimulada, consegue desenvolver suas habilidades com resultados mais rápidos do que uma criança em situação inversa.
A deficiência mental pode ser percebida durante as fases da vida e no seu convívio social principalmente na escola onde a criança passa a maior parte de seu tempo.
Voivodic (2008) afirma que a síndrome de Down foi à primeira deficiência a ser associada como uma aberração cromossômica, pois ela é uma causa genética da deficiência mental.
Brunoni (1999 apud Voivodic 2008), explica que a Síndrome de Down é um desequilíbrio na constituição cromossômica, ou seja, é um cromossomo a mais no par 21, e acaba recebendo o nome de trissomia (grifo nosso).
“O termo trissomia refere-se á presença de um cromossomo a mais no cariótipo de uma pessoa, fazendo com que o número total de cromossomo na Síndrome de Down seja 47 e não 46.” (VOIVODIC, 2008).
De acordo com Oliveira Filho (2001), a maior parte dos casos de trissomia do cromossomo 21, ocorre por conta da idade da mãe. O risco de nascer uma criança com síndrome de Down é de 1 em 1.000 se a mãe tiver 30 anos de idade ou mais.
Schwartzman (1999 apud Voivodic 2008) afirma que a Síndrome de Down também pode acontecer em filhos de mulheres mais velhas pelo fato de não haver produção de novos óvulos e essa incidência se enquadra nos ambientes endógenos que é o mais importante, pois trata da idade da mulher.
A Síndrome de Down está mais ligada á idade da mãe do que a do pai, pois o homem não oferece nenhum tipo de risco á Síndrome de Down, pois os seus espermatozóides estão sempre em produção.
Voivodic (2008) explica que a trissomia simples, a translocação e o mosaicismo são comprometimentos cromossômicos que podem causar a Síndrome de Down.
A trissomia simples acontece quando não há a junção do cromossomo 21. Casos como esses ocorrem com mais freqüência quando os pais apresentam o cariótipo normal e acidentalmente acontece a trissomia.
O agrupamento da trissomia por translocação ocorre por conta da sobreposição do cromossomo do par 21 e outro. Assim, causando uma quebra em sua região central. Na maioria das vazes, não é possível notar qualquer diferença clínica em crianças que possuem a trissomia simples ou a por translocação, pois só é possível perceber a diferença em apenas 2% dos casos.
O moisacismo ocorre também em cerca de 2% dos casos por conta de um percentual de células normais e trissômicas. Voivodic (2008) afirma que até o momento a explicação para esse fenômeno é desconhecida, mas a probabilidade de o moisacismo ocorrer em uma família é muito pequena.
Filho (2001) destaca que a pessoa que nasce com Síndrome de Down tem o seu desenvolvimento da linguagem e motora mais lento em comparação ás outras pessoas que nascem sem a síndrome.
Voivodic (2008) e Filho (2001), afirmam que algumas das características físicas da criança com Síndrome de Down são:
Cabeça achatada;
Mãos e boca pequenas;
Prega palmar única;
Apresenta bastante pele na nuca;
Voivodic (2008) diz que a Síndrome de Down recebe este nome em homenagem ao médico inglês John Langdon Down que foi um médico Inglês descrevendo no ano 1866 pela primeira vez a Síndrome observando características semelhantes de crianças da Mongólia. Mais tarde no ano de 1958, foi descoberto pelo francês Jerome Lejeune que a observação realizada por John Langdon Down com essas pessoas tratava de uma síndrome genética.


3.4 Consequências do deficiente mental


Segundo Fonseca (1995), os seres humanos assim como os animais, vivem em constante aprendizagem principalmente para garantir a sobrevivência. Mas a diferença entre o homem e o animal é muito grande, pois o animal constrói a sua aprendizagem apenas para sobreviver enquanto o homem, além de garantir a sua sobrevivência constrói o seu conhecimento de acordo com suas necessidades.
Desse modo, a evolução acontece constantemente a partir do surgimento de novas tecnologias e estímulos e, para que haja a evolução, é muito importante que o homem faça a interação com o presente e o passado adequando cada vez mais as novas tecnologias com a suas necessidades.
Fonseca (1995) destaca também, que a definição médica para o Deficiente Mental acaba sendo definida por questões éticas, morais, legais e não por uma constatação realmente médica e sim, pela sociedade.
É destacado também por Fonseca (1995), o papel que é exercido pela família que em muitas vezes, prefere exilar o deficiente mental. Afinal, o deficiente tem os mesmos direitos e deveres como qualquer outro cidadão e não podem ser “escondidos” da sociedade.
De acordo com Voivodic (2008), a educação influência muito na evolução da criança com Síndrome de Down, pois essa educação ocorre em situações formais e informais.
A educação informal acontece primeiramente na família, pois ela é o primeiro grupo social onde qualquer indivíduo seja deficiente ou não, desenvolve o seu comportamento social, emocional e cognitivo. Assim, a família é fundamental para a criança principalmente para aquela que é portadora da Síndrome de Down.
Rodrigo e Palácios (1998 apud Voivodic 2008) destacam que o fato de não haver a educação informal para crianças com deficiência mental não depende apenas do grau que foi afetado e sim, principalmente, a do ambiente familiar.
Melero (1999 apud Voivodic 2008), fala que a insegurança que a mãe tem ao saber que seu filho tem Síndrome de Down, pode fazer com que as experiências futuras que essa criança terá, possa trazer resultados insatisfatórios.
É muito importante que a família esteja preparada logo após o diagnóstico médico para receber essa criança, pois em muitos casos, como é destacado por Voivodic (2008), a família deposita uma série de expectativas durante a concepção do bebê e frustra-se com tais expectativas após o diagnóstico médico, pois, como continua Polity “contrariar estas expectativas pode ser ameaçador para algumas famílias” (POLITY, 2000 apud VOIVODIC 2008, p.49).
A educação formal é aquela que acontece na escola é uma fase importante para o desenvolvimento na formação de qualquer indivíduo, é nela, onde passamos a maior parte de nossas e onde somos avaliados constantemente identificando nossas habilidades e competências.
Também é o local de socialização entre as outras pessoas onde trocamos idéias e discutimos fatos que acontecem no dia-a-dia.
De acordo com Voivodic (2008), é na escola onde estabelecemos padrões para a convivência social.
Ferreira e Guimarães (2003) falam que foi criada toda uma estrutura de classes especiais para alunos com necessidades especiais em escolas da rede pública, para garantir a educação para o deficiente mental. Mas, infelizmente esta classe especial não está sendo utilizada para os devidos fins e sim, para atender outras necessidades disciplinares de classes de ensino regular.
Por conta da criação dessas classes especiais, que Voivodic (2008) destaca que no ano de 1960 houve um enorme número de criação de centros de reabilitação, associações para deficientes, entre outros. Destaca também, que as escolas especiais mostram que é possível educar os deficientes mentais mesmo que sua deficiência seja com um grau muito alto de comprometimento.
Não basta apenas o aluno estar matriculado em escola de ensino regular, ter um número satisfatório de centros de reabilitação e que o professor esteja capacitado para trabalhar com este aluno. É muito importante também, ter a colaboração das famílias e do governo e ter os materiais necessários acessíveis para que se obtenham resultados satisfatórios no desenvolvimento desse aluno.
Portanto, a partir do momento em que todos colaborarem e tratarem o deficiente mental igual á todas as outras pessoas respeitando seus deveres e direitos, é que poderemos perceber a mudança no comportamento da sociedade.

Deficiência Mental


Na sociedade em que vivemos atualmente, sabemos que o preconceito e a discriminação que as pessoas com deficiência sofrem é fruto de um longo processo histórico, pois essas pessoas não tinham nenhum amparo tanto da sociedade e da área da saúde, quanto da educação e eram postas à margem da sociedade e propositalmente abandonadas.
De acordo com Fonseca (1995), o preconceito é uma problemática existente na sociedade, desde muito tempo a pessoa deficiente é descriminada e sendo assim, a sociedade acaba por afastar ou excluir essa pessoa que é “diferente” das outras apenas por possuir uma deficiência.
Por meio de muitos programas de inclusão e de tratamento, é possível contar com a ajuda da sociedade e do governo para diminuir a exclusão dos deficientes.Mazzotta (2003), diz que somente no início dos anos cinqüenta do século XX, é que houve mudanças na política educacional brasileira.
Duas das principais instituições que tratam de crianças com deficiência são a AACD e a APAE de São Paulo, que dão assistência aos portadores de deficiência fazendo-as sentirem-se parte integrante da sociedade.
A AACD, fundada no dia 14 de Setembro de 1950, tem unidades com classes especializadas para o atendimento a pessoas deficientes físicas para auxiliá-las no seu desenvolvimento, pois ainda estão em idade escolar. Já a APAE, é destinada para o atendimento a adolescentes excepcionais deficientes mentais treináveis para adquirir hábitos, experiências e poder realizar atividades que são indispensáveis para seu desenvolvimento.
Segundo Mrech(2004 apud Voivodic 1999), no ano de 1948 iniciaram-se alguns movimentos pela luta dos Direitos Humanos que foram retomados em movimentos sociais na década de 1960.
Por conta dessa luta, surgiu no país da França, a Pedagogia Institucional ou Pedagogia Revolucionária, trazendo uma nova visão sobre a Educação.
“A Pedagogia Institucional foi a primeira a perceber a importância do contexto educacional do aluno, revelando que, dependendo da forma como é visto o trabalho na escola, pode desenvolver-se ou não.”
(Voivodic,2004).

É necessário que se tenha muita determinação principalmente, por parte dos profissionais que estão ligados á essas pessoas e que a instituição escolar ou da saúde, tenha dedicação e confiança no progresso dessa criança e acredite em seu desenvolvimento.
Dessa forma, o profissional que vai buscando mais recursos para auxiliar essa pessoa em seu desenvolvimento transformando-a em um cidadão independente e ciente de todos seus atos. Assim, terá um retorno satisfatório de seu trabalho que foi realizado com tanto empenho.
Ainda no ano de 1960, o principal objetivo das Instituições de Educação era integrar a pessoa com deficiência á sociedade em todas as suas instâncias. Assim, o aluno era inserido em classes especiais de acordo com sua idade mental dessa forma, Voivodic (2004) diz, que a palavra inclusão traz um de seus muitos significados. Pois um de seus significados é o de garantir a participação de todos independente de suas incapacidades na sala de aula e dessa forma, acaba exterminando os serviços de apoio para o ensino especial. Serviço esse que é muito importante para o deficiente.
O sistema educacional também deve se preocupar em incluir-se nessas necessidades que o aluno possui, pois a escola será o início da vida em sociedade para as crianças que são deficientes.
Voivodic (2004), nos mostra que a partir das décadas de 1960 e 1970, foi que surgiram programas voltados para a integração escolar da pessoa com deficiência mental.
Fonseca (1995) ensina que é muito importante não privar o deficiente de experiências reais em nenhuma circunstância, pois todas as experiências são úteis para o seu aprendizado e seu ajustamento social.
Concordamos com Voivodic(2004) quando ela diz que o ensino especial é muito importante para o deficiente, pois não deve-se incluir todas as crianças em sala de aula regular sendo que esta que possui uma deficiência não tenha acesso a nenhum outro tipo de atendimento.

2.2 CONCEITUANDO A DEFICIÊNCIA

A Síndrome de Down é uma das deficiências mentais onde as diferenças físicas e as habilidades cognitivas são mais notáveis por conta das alterações genéticas que ocorre no momento da concepção por esse motivo, o seu desenvolvimento em comparação ás crianças que não tem deficiência é mais lento.
Portanto,o profissional que trabalha com essa criança tem que ter em mente que sua formação é essencial para a sua aprendizagem.
De acordo com Fonseca (1995), a pessoa Deficiente Mental, é aquela que não apresenta as mesmas características existentes na maioria das outras que são tidas como normais. Esta diferença é percebida desde sua formação física até em seu momento de interação com outras pessoas, apresentando assim, um comportamento diferenciado, pois não veêm e ouvem igualmente bem.
Para José e Coelho (2008), desde a infância pode-se perceber na criança o seu desenvolvimento tardio, pois não anda e não fala no tempo que é determinado para as outras crianças que são chamadas de normais. Por conseqüência á isso, a sua aprendizagem é mais lenta.
De acordo com Filho (2001), a criança afetada pela Síndrome de Down tem seu desenvolvimento lento. Por isso o estímulo paciente e carinhoso é essencial para o seu desenvolvimento motor.
Já Fonseca (1995), diz que assim como a paralisia cerebral apresenta um fator problema de envolvimento neuro-motor, a Deficiência Mental também apresenta a sua inferioridade intelectual generalizada. Ele explica que nem sempre a criança que tem dificuldades de aprendizagem, significa que ela seja deficiente mental. Pois esses dois termos são confundidos com freqüência por profissionais para aqueles que têm dificuldades em acompanhar o segmento das normas disciplinares ou até mesmo por motivos que estão ligados ás práticas escolares.
Ferreira e Guimarães (2008) afirmam que o indivíduo deficiente é aquele que é incapacitado de realizar atividades essenciais para a vida.
Por isso, que esse indivíduo deve ser muito estimulado para o desenvolvimento de suas habilidades interpessoais e que seja independente a ponto de pedir instruções e solicitar ajuda.
Portanto, todas as atividades que são desenvolvidas para esse aluno deve ter o objetivo de desenvolvê-lo para que ele seja capaz de enfrentar situações problemas e ter bons resultados ou não.
José e Coelho (2008), explicam que a deficiência mental pode ser diagnosticada através de três tipos de exames:
O pré-natal, que é um acompanhamento médico durante a gestação;
Os perinatais, que são precauções necessárias no momento do parto; e os pós-natais que é um acompanhamento que a criança recebe durante a vida.
Assim, a deficiência mental é explicada por Fonseca, Ferreira e Guimarães e José e Coelho e Filho, como um lento processo de desenvolvimento fisiológico, psicológico e anatômico.
Segundo Guimarães (et. al 2008), aprender é uma criação criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independente de sua condição intelectual ser mais ou menos privilegiada. E o professor deve estar atento com o modo de como este sujeito reaje diante a este processo de ensino e aprendizagem.

2.3 CAUSAS FATORES DA DEFICIÊNCIA

De acordo com Fonseca (1995), uma das principais causas da Deficiência Mental está associada á gestação e ligada a acidentes neonatais e perinatais que ocorrem com mais freqüência em classes pobres. Geralmente dentro dessa classe social, principalmente a nutrição da gestante e do bebê é muito falha, pois tanto a gestante quanto o bebê não recebem uma quantidade necessária de nutrientes para o seu organismo. Esses nutrientes são fundamentais para o desenvolvimento do bebê e podem ser encontrados em proteínas, carboidratos, gorduras, o cálcio, o ferro, a vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina O, vitamina B1, vitamina B12 e fibras.
Segundo José e Coelho (2008), a deficiência mental também ocorre pelo casamento consangüíneo,ou seja pelo casamento de primos de primeiro grau ou irmão, pelo contato com pessoas portadoras de doenças infecciosas (como sarampo, rubéola, e outros), consumo de bebidas alcoólicas e o fumo que colocam em risco a saúde do bebê.
Outro importante fator da deficiência que é destacado por Fonseca (1995), é a falta de estímulos que essa criança recebe ao longo da vida e de suas condições de higiene, sócio-econômicas e sócio-cultural. Pois são questões muito importantes para o desenvolvimento da criança.
Uma criança bem alimentada, limpa e estimulada, consegue desenvolver suas habilidades com resultados mais rápidos do que uma criança em situação inversa.
A deficiência mental pode ser percebida durante as fases da vida e no seu convívio social principalmente na escola onde a criança passa a maior parte de seu tempo.
Voivodic (2008) afirma que a síndrome de Down foi a primeira deficiência a ser associada como uma aberração cromossômica,pois ela é uma causa genética da deficiência mental.
Brunoni (1999 apud Voivodic 2008), explica que a Síndrome de Down é um desequilíbrio na constituição cromossômica, ou seja, é um cromossomo a mais no par 21, e acaba recebendo o nome de trissomia (grifo nosso).
“O termo trissomia refere-se á presença de um cromossomo a mais no cariótipo de uma pessoa, fazendo com que o número total de cromossomo na Síndrome de Down seja 47 e não 46.”
( Voivodic(2008)

De acordo com Filho (2001), a maior parte dos casos de trissomia do cromossomo 21, ocorre por conta da idade da mãe. O risco de nascer uma criança com síndrome de Down é de 1 em 1.000 se a mãe tiver 30 anos de idade ou mais.
Schwartzman (1999 apud Voivodic 2008) afirma que a Síndrome de Down também pode acontecer em filhos de mulheres mais velhas pelo fato de não haver produção de novos óvulos e essa incidência se enquadra nos ambientes endógenos que é o mais importante, pois trata da idade da mulher.
A Síndrome de Down está mais ligada á idade da mãe do que a do pai, pois o homem não oferece nenhum tipo de risco á Síndrome de Down, pois os seus espermatozóides estão sempre em produção.
Voivodic (2008) explica que a trissomia simples, a translocação e o mosaicismo são comprometimentos cromossômicos que podem causar a Síndrome de Down.
A trissomia simples acontece quando não há a junção do cromossomo 21. Casos como esses ocorrem com mais freqüência quando os pais apresentam o cariótipo normal e acidentalmente acontece a trissomia.
O agrupamento da trissomia por translocação ocorre por conta da sobreposição do cromossomo do par 21 e outro. Assim, causando uma quebra em sua região central. Na maioria das vazes, não é possível notar qualquer diferença clínica em crianças que possuem a trissomia simples ou a por translocação, pois só é possível perceber a diferença em apenas 2% dos casos.
O moisacismo ocorre também em cerca de 2% dos casos por conta de um percentual de células normais e trissômicas. Voivodic (2008) afirma que até o momento a explicação para esse fenômeno é desconhecida, mas a probabilidade de o moisacismo ocorrer em uma família é muito pequena.
Filho (2001) destaca que a pessoa que nasce com Síndrome de Down tem o seu desenvolvimento da linguagem e motora mais lento em comparação ás outras pessoas que nascem sem a síndrome.
Voivodic (2008) e Filho (2001), afirmam que algumas das características físicas da criança com Síndrome de Down são:
• Cabeça achatada;
• Mãos e boca pequenas;
• Prega palmar única;
• Apresenta bastante pele na nuca;
Voivodic (2008)diz que a Síndrome de Down recebe este nome em homenagem ao médico inglês John Langdon Down que foi um médico Inglês descrevendo no ano 1866 pela primeira vez a Síndrome observando características semelhantes de crianças da Mongólia. Mais tarde no ano de 1958, foi descoberto pelo francês Jerome Lejeune que a observação realizada por John Langdon Down com essas pessoas tratava de uma síndrome genética.


2.4 CONSEQÜÊNCIAS DO DEFICIENTE MENTAL

Segundo Fonseca (1995), os seres humanos assim como os animais, vivem em constante aprendizagem principalmente para garantir a sobrevivência. Mas a diferença entre o homem e o animal é muito grande, pois o animal constrói a sua aprendizagem apenas para sobreviver enquanto o homem, além de garantir a sua sobrevivência constrói o seu conhecimento de acordo com suas necessidades.
Desse modo, a evolução acontece constantemente a partir do surgimento de novas tecnologias e estímulos e, para que haja a evolução, é muito importante que o homem faça a interação com o presente e o passado adequando cada vez mais as novas tecnologias com a suas necessidades.
Fonseca (1995) destaca também, que a definição médica para o Deficiente Mental acaba sendo definida por questões éticas, morais, legais e não por uma constatação realmente médica e sim, pela sociedade.
È destacado também por Fonseca (1995), o papel que é exercido pela família que em muitas vezes, prefere exilar o deficiente mental. Afinal, o deficiente tem os mesmos direitos e deveres como qualquer outro cidadão e não podem ser “escondidos” da sociedade.
De acordo com Voivodic (2008), a educação influência muito na evolução da criança com Síndrome de Down, pois essa educação ocorre em situações formais e informais.
A educação informal acontece primeiramente na família, pois ela é o primeiro grupo social onde qualquer indivíduo seja deficiente ou não, desenvolve o seu comportamento social, emocional e cognitivo. Assim, a família é fundamental para a criança principalmente para aquela que é portadora da Síndrome de Down.
Rodrigo e Palácios (1998 apud Voivodic 2008) destacam que o fato de não haver a educação informal para crianças com deficiência mental não depende apenas do grau que foi afetado e sim, principalmente, a do ambiente familiar.
Melero (1999 apud Voivodic 2008), fala que a insegurança que a mãe tem ao saber que seu filho tem Síndrome de Down, pode fazer com que as experiências futuras que essa criança terá, possa trazer resultados insatisfatórios.
É muito importante que a família esteja preparada logo após o diagnóstico médico para receber essa criança, pois em muitos casos, como é destacada por Voivodic (2008), a família deposita uma série de expectativas durante a concepção do bebê e frustra-se com tais expectativas após o diagnóstico médico.

“Contrariar estas expectativas pode ser
ameaçador para algumas famílias”.
(Polity,2000 apud Voivodic 2008,p.49).

A educação formal é aquela que acontece na escola é uma fase importante para o desenvolvimento na formação de qualquer indivíduo, é nela, onde passamos a maior parte de nossas e onde somos avaliados constantemente identificando nossas habilidades e competências.
Também é o local de socialização entre as outras pessoas onde trocamos idéias e discutimos fatos que acontecem no dia-a-dia.
De acordo com Voivodic (2008), é na escola onde estabelecemos padrões para a convivência social.
Ferreira e Guimarães (2003) falam que foi criada toda uma estrutura de classes especiais para alunos com necessidades especiais em escolas da rede pública, para garantir a educação para o deficiente mental. Mas, infelizmente esta classe especial não está sendo utilizada para os devidos fins e sim, para atender outras necessidades disciplinares de classes de ensino regular.
Por conta da criação dessas classes especiais, que Voivodic (2008) destaca que no ano de 1960 houve um enorme número de criação de centros de reabilitação, associações para deficientes, entre outros. Destaca também, que as escolas especiais mostram que é possível educar os deficientes mentais mesmo que sua deficiência seja com um grau muito alto de comprometimento.
Não basta apenas o aluno estar matriculado em escola de ensino regular, ter um número satisfatório de centros de reabilitação e que o professor esteje capacitado para trabalhar com este aluno. É muito importante também, ter a coolaboração das famílias e do governo e ter os materiais necessários acessíveis para que se obtenha resultados satisfatórios no desenvolvimento desse aluno.
Portanto, a partir do momento em que todos colaborarem e tratarem o deficiênte mental igual á todas as outras pessoas respeitando seus deveres e direitos, é que poderemos perceber a mudança no comportamento da sociedade.

História da Educação Especial




1.1 No mundo (desde a antiguidade).




Encontramos na historia da educação especial diferentes fases que vão conceituando o deficiente, desde um ser demoníaco até um ser que só servia para a animação dos nobres.
Kanner (1964) relatou que “a única ocupação para os retardados mentais encontrada na literatura antiga é a de bobo ou de palhaço para a diversão dos senhores e seus hospedes”.
A história da educação especial passa a ser mais definida no inicio da Idade Media, quando os portadores de deficiência e os loucos eram considerados possuidores do demônio sendo afastados do convívio social ou, mesmo, sacrificados. A pessoa com deficiência, como qualquer outra pessoa do povo, também parecia não ter importância enquanto ser humano, já que sua exterminação (abandono ou exposição) não demonstrava ser problema ético ou moral.
Aranha (1979) nos relata que “os imaturos, os fracos e os defeituosos eram propositalmente eliminados. Consta que os romanos descartavam-se de crianças deformadas e indesejadas em esgotos localizados ironicamente , no lado externo do Templo da Piedade”.
A Idade Media se estendeu por um longo período da historia da humanidade, sendo marcada por diversos sentimentos frente aos portadores de deficiência: rejeição, piedade, proteção e até mesmo, supervalorização. Esses sentimentos e atitudes eram marcados pela duvida, religiosidade que se caracterizavam por uma mistura de culpa e piedade .
Com a chegada do cristianismo, a situação se modificou, pois todos passaram a ser igualmente considerados filhos de Deus, possuidores de uma alma e portanto merecedores do respeito à vida e a um tratamento caridoso. Em razão desses sentimentos as pessoas portadoras de deficiência eram abandonadas em locais de isolamento, prisões, ambientes de proteção e hospitais. A Bíblia traz referencias ao cego, ao leproso e ao manco que na maioria dos quais sendo pedintes ou rejeitados pela comunidade, seja pelo medo da doença ou seja porque se pensava que Deus estava punindo os doentes.
Segundo Lutero, “o homem é o próprio mal quando lhe a razão ou lhe falte à graça celeste a iluminar-lhe o intelecto; assim, dementes e amentes são, seres diabólicos, considerando a pessoa com deficiência e a pessoa doente mental seres pecadores, condenados por Deus. Sendo recomendado o castigo através do aprisionamento, para a expulsão do demônio ou ignorados a sua sorte, buscando a sobrevivência na caridade humana.
Segundo Mazzota (2003), “as noção que as pessoas tinham sobre a deficiência eram basicamente ligadas ao misticismo e o ocultismo, pois não havia qualquer base cientifica para uma definição realista”.
Somente no século XVII a sociedade passou a defender a concepção de que os indivíduos não são seres essencialmente iguais e que se havia que respeitar as diferenças. Surgindo a classe dominante que lutava contra a desigualdade social.
Mazzota (2003), diz que a Igreja com todo o seu poder marginalizava essas pessoas, pois a Igreja postulava o homem como imagem semelhante de Deus e não aceitava o fato de existir pessoas diferentes e assim, esse individuo era posto a margem da sociedade não recebendo qualquer tratamento medico e nenhum acesso a educação. A deficiência era vista de forma negativa, ligada a rejeição de Deus através do pecado, ou a possessão demoníaca.
Lembrando que no século XVI, começaram a surgir novas idéias quanto à natureza da doença. Sendo tratada através da alquimia, da magia e da astrologia.
A educação era semelhante ao padrão de ensino tradicional, sendo oferecida exclusivamente pela Igreja, passou a ser oferecida também pelo Estado, com o objetivo de preparo da mão de obra. Nesta época novas idéias foram surgindo na área da medicina, filosofia e principalmente na educação.
A partir desse período a relação da sociedade com a pessoa com deficiência passou a se diversificar, tanto nas iniciativas de institucionalização, de tratamento medico e na busca de estratégias melhores para o ensino do deficiente.
No século XVIII a deficiência mental continuava sendo considerada hereditária e incurável, sendo assim, eram internadas em albergues, hospícios ou cadeias locais.
Kirk e Gallegher (1996) salientam que “nos séculos XVIII e XIX, foram fundadas instituições para oferecer educação à parte daqueles com necessidades especiais”.
Essas instituições se caracterizavam pela retirada das pessoas com deficiência de suas casas e interná-las em instituições frequentemente situadas em localidades distantes de suas famílias. Assim os deficientes ficavam mantidos em isolamento do resto da sociedade.
A instituição é um lugar de residência e de trabalho, onde um grande número de pessoas, excluídas da sociadade , levam juntos uma vida enclausurada e administrada. Mas a institucionalização afasta o individuo da sociedade, construindo um estilo de vida difícil de ser revertido. Sem falar da qualidade do atendimento disponível ao deficiente mental. Apesar das mudanças na filosofia de tratamento as condições dos prédios eram decadentes, o uso de roupas era comunitário, a falta de manutenção dos objetos pessoais, causando ao deficiente uma dependência infantilizada, o tratamento em massa, a falta de pessoal especializado, o isolamento da comunidade e as regras implantadas feitas por pessoas que não se encontram ciente das reais necessidades dos pacientes.
Mazzota (2003) comenta que “homens ou mulheres, leigos ou profissionais, portadores de deficiência ou não, despontaram como lideres da sociedade para sensibilizar, impulsionar, propor, organizar medidas para o atendimento as pessoas portadoras de deficiência”.
Foi principalmente na Europa que os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes surgiram.
Tais medidas educacionais foram se expandindo, sendo levado primeiramente para os Estados Unidos e Canadá e depois para outros países, inclusive o Brasil.
De acordo com Mazzota (2003) , “no final do século XIX eram usadas diversas expressões para citar o atendimento educacional que era dado aos deficientes , como Pedagogia de Anormais, Teratológica, Pedagogia Curativa ou Terapêutica.
Em 1620 foi impresso a primeira obra sobre a educação de deficientes com autoria de Jean Paul Bonet, com o titulo Redação das Letras e Arte de Ensinar os Surdos Mudos a Falar. Em 1770 na cidade de Paris foi fundada a primeira instituição especializada na educação de surdos mudos pelo abade Charles M. Eppée, inventor do método dos sinais, destinado a completar o alfabeto manual. Thomas Braidwood (1715 – 1806) e Samuel Heinecke (1729 – 1790) fundaram um instituto para a educação de “surdos-mudos”. Heinecke inventou a leitura labial. No atendimento a deficientes mentais não podemos esquecer de Valentin Hauy, fundador do Instituto Nacional dos Jovens Cegos em 1784. Sendo que ele já utilizava letras em relevo para o ensino de cegos. Em 1829, o estudante Louis Braille (1809 – 1852) fez uma adaptação do código militar de comunicação noturno para as necessidades dos cegos, de inicio foi denominada de sonografia e mais tarde chegando ao nome de Braille. Sendo que até hoje não foi encontrado outro meio de leitura e escrita mais eficiente.
No inicio do século XIX iniciou o atendimento aos deficientes mentais pelo médico Jean Marc Itard (1774 – 1838), sendo a primeira pessoa a usar métodos sistematizados para o ensino de “retardados mentais”.
O medico Johann J. Guggenbuhl (1816 – 1863), que viveu nos Alpes Suíços, trabalhou com deficientes mentais com retardo severo fez a combinação de tratamento medico e educacional, focalizando em exercícios de treinamento sensorial.
Outra importante educadora que contribuiu para a evolução da educação especial foi Maria Montessori (1870 – 1956), desenvolvendo um programa de treinamento para crianças retardadas mentais em um internato em Roma. Enfatizando a “auto-educação” pelo uso de matérias como: blocos de encaixe, recortes, objetos coloridos e letras em relevo. Definiu dez regras de educação que parecia considerar adequadas tanto a crianças normais em idade pré-escolar, como a crianças treináveis, em idade escolar:
1. As crianças são diferentes dos adultos e necessitam ser tratadas de modo diferente.
2. A aprendizagem vem de dentro e é espontânea; a criança deve estar interessada numa atividade para se sentir motivada.
3. As crianças têm necessidade de ambiente infantil que possibilite brincar livremente, jogar e manusear materiais coloridos.
4. As crianças amam a ordem.
5. As crianças devem ter liberdade de escolha; por isso necessitam de material suficiente para que possam passar de uma atividade a outra, conforme o índice de interesse e de atenção.
6. As crianças amam o silencio.
7. As crianças preferem a trabalhar a brincar.
8. As crianças amam a repetição.
9. As crianças têm senso de dignidade pessoal; assim, não podemos esperar que façam exatamente o que mandamos.
10. As crianças utilizam o meio que as cerca para se aperfeiçoar, enquanto os adultos usam-se a si mesmos para aperfeiçoar seu meio.
O período de 1817 a 1850, foi de grande atividade em beneficio das crianças deficientes.Nesta época apareceram escolas para os cegos,surdos e retardados mentais. E no período de 1850 a 1920 houve um aumento crescente nas escolas residenciais. Em 1900, em Chicago, criou-se a primeira classe para cegos e a primeira classe de escola publica para “crianças aleijadas”.
Por volta de 1950 os pais de crianças com desenvolvimento mental retardado começaram a se organizar, pois seus filhos estavam sendo excluídos das escolas. Com o objetivo de proporcionar atendimento de proporcionar atendimento a essas crianças e jovens nas escolas publicas primarias.
A NARC (Associação Nacional dos Retardados Mentais) exerceu grande influencia em vários países, tendo sido a inspiração para a criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE no Brasil.

1.2 No Brasil (1854 - Atual)

No Brasil o atendimento escolar aos portadores de deficiência iniciou durante a época do Império através da criação de duas instituições especializadas: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854 e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, ,ambos na cidade do Rio de Janeiro. A escola se caracterizava como um estabelecimento educacional voltado a “educação literária e o ensino profissionalizante” de meninos “surdos-mudos”, com idade entre 7 e 14 anos. Em ambos os institutos, foram instaladas oficinas para a aprendizagem, sendo oficinas de tipografia e encadernação para os meninos cegos e de tricô para as meninas; e de sapataria e encadernação para os meninos surdos.
Mazzota (2003), nos retrata que “em 1872 a população de cegos era de 15.848 e a de cegos era de 11.595, sendo que só 35 cegos e 17 surdos eram atendidos pelas instituições”. Em 1874 o Hospital Estadual de Salvador, na Bahia, iniciou a assistência aos deficientes mentais, podendo se tratar de uma assistência medica a crianças deficientes mentais e não propriamente atendimento educacional.
Segundo Mazzota (2003), no inicio do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi no ano de 1926, especializado em atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e; em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi. Até 1950, havia quarenta estabelecimentos de ensino regular, mantido pelo poder publico, prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais. Sendo que no mesmo período, três instituições especializadas atendiam deficientes mentais e oito dedicavam-se a educação de outros deficientes.
O atendimento educacional especializado organizou-se tradicionalmente como uma característica da educação especial não permitindo o acesso ao ensino regular.
Mazzota (2003), nos diz que “dentre os cinqüenta e quatro estabelecimentos de ensino regular e as onze instituições especializadas destacam-se: em Santa Catarina, no município de Joinville, o Colégio dos Santos Anjos, de ensino regular particular fundado em 1909, com atendimento a deficientes mentais; no Rio de Janeiro , a Escola Rodrigues Alves, estadual regular para deficientes físicos e visuais, criada em 1905, a Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro, particular especializada, criada em 1948 para atender deficientes mentais; Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, a Escola Estadual São Rafael, especializada no ensino de cegos, criada em 1925, e a Escola Estadual Instituto Pestalozzi, especializado em deficientes auditivos e mentais, criada em 1935 por influencia dos trabalhos da Professora Helena Antipoff; na Bahia, criado em Salvador em 1936, o Instituto de Cegos da Bahia, especializado particular; em Pernambuco, o Instituto de Cegos criado em 1935, especializado particular, e a Escola Especial Ulisses Pernambuco, estadual especializada em deficientes mentais, instalada em 1941,no Rio Grande do Sul, em Canoas, o Instituto Pestalozzi criado em 1926, particular, especializado em deficientes mentais, em Porto Alegre o Grupo Escolar Paula Soares, estadual regular com atendimento a deficientes mentais, criado em 1927, e o Instituto santa Luzia, particular especializado em deficientes visuais,criado em 1941; no Paraná, em Curitiba, o Instituto Paranaense de Cegos, estadual, especializado, criado em 1944; em São Paulo, na cidade de Taubaté, o Instituto São Rafael, particular, especializado em deficientes visuais, criado em 1940, em Lins a Associação Linense para Cegos, particular especializada, criada em 1948, na Capital, O Instituto Estadual de Educação Padre Anchieta, estadual regular com atendimento a deficientes auditivos, criado em 1913, o Instituto Santa Terezinha, particular especializada em deficientes auditivos, criado em 1929, a Fundação Dona Paulina de Souza Queiroz, particular especializada em deficientes mentais, criada em 1936, a instituição especializada particular Lar-Escola São Francisco, criada em 1943 para atender deficientes físicos, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, especializada particular criada em 1946, as escolas estaduais regulares Grupo Escolar Miss Browne e Grupo Escolar Visconde de Itaúna, com atendimento, com atendimento a deficientes mentais, criadas em 1950”.
A partir de 1957 o atendimento educacional aos excepcionais foi assumido a nível nacional, com a criação de Campanhas: a Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro, pelo Decreto Federal nº42.728, de 3 de dezembro de 1957. Em 1958 foi criada a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes de Visão, com o Decreto nº 44.236 de 1º de agosto.Outra Campanha foi a campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais (CADEME), em 22 de setembro de 1960. Em 3 de setembro de 1973, pelo Decreto nº 72.425, foi criado o CENESP (Centro Nacional de Educação Especial). Em 1986 o CENESP foi transformado em Secretaria de Educação Especial (SESPE). Em 15 de março de 1990 fica extinto o SESPE e fica aprovado pelo Decreto nº99.678 de 8 de novembro de 1990 o Departamento de Educação Supletiva e Especial (DESE).
Na LDB entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
1. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
2. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
3. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Refletindo sobre essa lógica a filosofia para a educação especial é baseada numa concepção sócio-interacionista, onde o ambiente escolar deve ser ativo e cooperativo, com práticas pedagógicas que trazem embutidas uma preocupação com a formação de um ser social, que atua no presente. Desde modo, o educando com necessidades especiais constrói o seu conhecimento, a partir do meio social em que vive. Ao educando especial deve ser oferecidas condições, de acordo com sua realidade e necessidade social, para que ele aprenda, de forma que o professor é um facilitador e orientado do processo ensino-aprendizagem.
Ainda na LDB :
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
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